quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Eicma 2019 - Será mesmo que a BMW copiou a YAMAHA M09 e a DUCATI em uma única moto?

O Salão de Milão (EICMA) 2019 também nos reservou belas novidades de duas das mais tradicionais marcas de motocicletas do mundo. Confira abaixo o que BMW e Triumph apresentaram no evento italiano:

BMW

A alemã BMW Motorrad apresentou dois modelos totalmente novos, a naked F 900 R e a crossover F 900 XR, com o motor bicilíndrico paralelo atualizado para 895 cm³ e de acordo com as normas Euro5.
BMW F 900 R: nova concorrente para o segmento das essencialmente nuas

O motor de dois cilindros paralelos foi ampliado de 853 para 895 cm³ utilizando pistões 2 mm maiores, maior taxa de compressão, novo virabrequim e dois eixos balanceadores que prometem anular as vibrações excessivas do 850. As mudanças garantem uma potência de 105 cavalos a 8.500 rpm, 10 cavalos a mais que o 850, mas no entanto o torque permanece os mesmos 9,4 kgf.m em 6.500 rpm, porém ele está presente numa curva mais ampla e plana.
BMW F 900 XR: para disputar o exclusivo segmento das crossover


O motor faz parte da estrutura do novo chassi, com uma geometria fortemente elaborada, agora com o tanque de combustível de duas partes sobre o motor.

BMW F 900 R: motor passou de 853 para 895 cm³ com melhor entrega de torque

A F 900 R é uma roadster dinâmica e pretende conquistar os amantes de motocicletas simples e despojadas com o foco total para as ruas e estradas. A F 900 XR tem o apelo esporte de aventura, com suspensões maiores e de longo curso e uma carenagem frontal nitidamente inspirada na irmã maior de quatro cilindros em linha S 1000 XR. Ambas são equipadas com suspensões ZF Sachs, com unidades semi ativas como opcional.
BMW F 900 XR: proteção aerodinâmica para encarar longas jornadas

A eletrônica padrão inclui dois modos de pilotagem, um para estrada e um para chuva, controle de estabilidade ASC e freios ABS. O pacote eletrônico premium acrescenta o Riding mode pro, controle de tração, ABS pro, Dynamic Brake Control DBC, gerenciamento do freios motor e iluminação em LED com assistência em curvas. Toda a parte eletrônica é acessada pelo painel TFT de 6,5″.
Eletrônica elaborada para maior conforto e segurança

Triumph

A inglesa Triumph continua investindo fortemente no segmento das Modern Classics apresentando novidades e atualizações na família Bonneville, bom como a linha exclusiva TFC Triumph Factory Custom.
Triumph Bonneville Thruxton RS 1200: a mais potente da família

A Triumph Thruxton chega com a nova opção RS, versão com motor, suspensão e acabamento aprimorados e de alto desempenho. A Triumph Thruxton RS é o modelo da família Bonneville com as maiores especificações de esportividade.
Triumph Bonneville Thruxton RS 1200: elementos de sofisticação para o mercado premium

O motor de 1.200 cilindradas de dois cilindros paralelos foi totalmente revisto e ganhou novos pistões e novo comando de válvulas para acrescentar 8 cavalos de potência na usina, chegando agora a 104 cavalos. O motor ganhou 500 rpm de rotação máxima e o pico de torque máximo chega 700 rpm mais cedo.
Thruxton RS: esportividade nas especificações e no visual

Os aperfeiçoamentos no motor eu ma bateria mais leve encolheram o peso total em 6 kg. Garfo Showa de pistão grande, amortecedores traseiros Öhlins, freios Brembo e pneus Metzeler Racetec RR agregam o pacote racing. Uma gama com mais de oitenta acessórios originais exclusivos está disponível para customizar a Thruxton RS.
Thruxton RS 1200: visual clássico encobre o que ela é capaz de fazer na pista 

A Triumph apresenta a nova Bobber 1200 TFC, uma motocicleta totalmente revisada, com detalhes especiais de acabamento e em número limitado.
Triumph Bonneville Bobber TFC 1200: customizada de fábrica 

O motor High Torque da Bobber TFC entrega 13% a mais de potência, graças a componentes internos mais leves, como virabrequim, balanceiros e embreagem, contribuindo também para um incremento de 500 rpm na rotação máxima. Novas tampas de cabeçote e de embreagem também são mais leves.
Bobber TFC: detalhes requintados a colocam num patamar de luxo

O chassi também foi aprimorado e está mais leve e aliado às novas suspensões multiajustáveis Öhlins, assim como o sistema de freios Brembo, garantem uma tocada excepcionalmente divertida e adrenalizante. Aos modos de pilotagem estrada e chuva foi acrescentado o modo esporte, que entrega uma configuração mais agressiva ao mapa do motor, do controle de tração e do ABS.
Triumph Bobber TFC: ampla lista de acessórios originais para personificar seu ego

O acabamento da Bobber TFC é dos mais aprimorados com peças marcadas pela usinagem, corpo em fibra de carbono e detalhes que compõem uma fórmula premium luxuosamente sofisticada. O preço da Triumph Bobber TFC é de 17.500 dólares.




terça-feira, 26 de novembro de 2019

Como fazer a bateria da sua moto durar mais.


Hábitos simples e check-up periódico aumentam durabilidade. Instalação de acessórios podem descarregar a bateria mais facilmente.

A manutenção da bateria da moto não requer muito trabalho, mas, apesar disso, é importante ter em mente os cuidados necessários para a sua vida útil, o que a maioria só lembra no momento de uma pane. Segundo especialistas, as baterias de moto duram em média três anos, falando especificamente das seladas, ou livres de manutenção, que são as utilizadas pelas maiorias das motos atualmente. Nas baterias convencionais, destinadas principalmente para motos mais antigas, a durabilidade cai para 1 ano e meio.

Voltímetro mostra se há fuga de corrente em bateria selada, a mais comum

A instalação de equipamentos, como alarmes e rastreadores, exige atenção porque eles podem causar a fuga de corrente. "Se isto ocorrer, a bateria pode não ter força suficiente para fazer a moto ligar", alerta Edson Esteves, professor de engenharia mecânica automobilística do Centro Universitário Fundação Educacional Inaciana (FEI). O engenheiro indica que a instalação seja feita somente em locais de confiança.

Outra dica é não deixar a moto parada por muito tempo, um problema para quem usa apenas aos fins de semana, por exemplo. "Se rodar, ao menos 5 km por dia, pode prolongar a vida útil da bateria para até quatro anos", acrescenta Esteves. O desuso e a rodagem por curtos períodos contribuem significativamente para o descarregamento da bateria, sobretudo das motos equipadas com alarmes e rastreadores, que acabam consumindo mais energia. "É importante não deixar a moto parada por uma semana que seja”, recomenda Rony Sousa, consultor de  concessionária em São Paulo.

Andar com a moto regularmente aumenta a vida útil da bateria

Mesmo as motos que não têm tantos acessórios sofrem ao ficarem paradas. “Com mais de 3 meses sem uso, a bateria já começa a demonstrar sinais de fadiga”, diz Nelson Codonho, dono de loja e oficina especializada também na capital paulista.

Madeira no pé
Ele sugere o uso de um apoio de madeira ou borracha no "pezinho" que sustenta a moto quando parada. “Como a peça é de ferro e está em contato com o chão, cria-se uma corrente - como um fio terra -  e toda a energia da bateria é dissipada. Tomando este cuidado, ela pode durar até 6 meses sem ser utilizada, já que a peça de apoio isola a corrente que passa pelo pezinho da moto", explica Codonho.

Ainda há outro artifício para evitar fuga de corrente. "Se a moto ficar parada por muito tempo, você pode desconectar os cabos da bateria, impedindo que a energia seja perdida", aconselha  Esteves. Nesse caso, é importante saber a ordem da retirada dos cabos. “Primeiro, deve-se desconectar o cabo negativo e depois o positivo (protegido por uma capa de borracha), para que não haja um curto que prejudique os acessórios elétricos da moto. Na hora da montagem, é o inverso, primeiro o positivo e depois o negativo”, orienta o consultor Sousa (veja fotos abaixo).

Se for preciso desconectar os cabos, primeiro deve-se desligar o cabo negativo...

... e depois o cabo positivo, que é coberto por uma capa de borracha
Outro problema que pode ser resolvido com a desconexão dos cabos é a oxidação (formação de zinabre) na zona dos terminais ou bornes (polos positivos e negativos). “Estes depósitos podem dificultar a passagem da corrente elétrica. Por isso, caso os bornes estejam oxidados, é necessário remover os cabos e limpá-los com água quente ou uma mistura de água com querosene”, recomenda Sousa.

Check-up periódico
No inverno e em períodos chuvosos a vigilância sobre a bateria deve ser redobrada. A baixa temperatura faz o motor exigir mais força da bateria para girá-lo, pois o óleo fica mais grosso. A umidade pode provocar curto, por exemplo, em lâmpadas, o que fará consumir a carga erroneamente.

Mesmo que não exista sinais de problemas na bateria, é válido examiná-la periodicamente. "Se a bateria tem mais de um ano ou vai utilizá-la em uma viagem longa, o ideal é fazer uma inspenção em uma oficina", diz o professor Esteves, da FEI. Oficinas especializadas possuem equipamentos específicos que medem a carga da energia da bateria e também verificam se existe fuga de corrente.

Este aparelho verifica se a carga da bateria está completa
Se isso ocorrer, caso a bateria ainda esteja boa para uso, ela poderá receber uma carga elétrica. Se não houver solução, o recomendado é trocá-la. Os modelos convencionais custam em média R$ 110, enquanto a bateria selada tem valor em torno de R$ 150.

Baterias convencionais
Apesar de cada vez mais raras no mercado, algumas motos novas ainda são equipadas com baterias convencionais e requerem mais trabalho na manutenção. Elas precisam ser completadas com água destilada para manter a funcionalidade.
Densímetro mede a densidade da solução da bateria convencional 
De acordo com o especialista André Lorenz, deve-se levar a moto equipada com esse tipo de bateria a uma oficina de confiança para avaliação de carga e também para medir a densidade da solução que existe nela. “Examinar semanalmente o nível da água e, se necessário, completar com água destilada ou desmineralizada, sem ultrapassar o nível, é o principal cuidado com este tipo de bateria. Isso vai garantir uma vida útil prolongada", explica.

E se parar de funcionar?
Caso o motociclista tente ligar a moto e o sistema não funcione, os especialistas indicam que chame socorro mecânico ou realize a chamada "chupeta", conectando cabos especiais a uma bateria de outra moto que esteja em funcionamento.

Como nem todas motos possuem o pedal de partida mecânico, no momento de pane muitos utilizam o artifício do tranco, que, no entanto, só deve ser usado em último caso. "Não é recomendável, pois faz o processo contrário para o funcionamento do sistema e pode danificar a moto, principalmente as mais novas com injeção eletrônica", explica o engenheiro Sousa.