sábado, 22 de março de 2014

MotoGP prepara salário mínimo de 300 mil euros

A ideia insere-se na redução de custos preparada para 2014 e visa garantir melhores condições aos pilotos.

Jorge Lorenzo, Valentino Rossi, Dani Pedrosa são casos especiais no mundo do MotoGP, todos garantindo contratos que rendem milhões de euros. No pelotão das três classes, porém, o nível médio dos salários por ano situa-se na ordem das dezenas de milhares de euros e, entre as medidas previstas para 2014, a Dorna, organização que gere os direitos da competição, prepara-se para fixar um salário mínimo no valor de 300 mil euros anuais.

Numa competição em que a vida está em risco a cada momento, a necessidade de equilíbrio não se joga apenas sobre as motos. "É preciso reduzir os custos - há 10 anos, um piloto de MotoGP ganhava um milhão de euros", referiu Jorge Martínez ‘Aspar', dono da equipa com o mesmo nome, ao diário "Marca". O afastamento das tabaqueiras e a crise económica mundial levaram a que fosse imprescindível reduzir orçamentos que chegaram aos 14 milhões de euros. Agora, de acordo com o diário espanhol, há pilotos que encontram patrocínios para poder competir no MotoGP, como sucede a Yonny Hernández, sem terem salário fixo. Iván Silva, seu companheiro de equipa, assegura 40 mil euros por ano e Hector Barberá (Ducati Pramac) chega aos 50 mil euros.

Em ambos os casos, os pilotos recebem menos do que alguns mecânicos de MotoGP, onde os rendimentos chegam aos 70 mil euros/ano. As alterações nos regulamentos implicam reduzir custos das máquinas e melhorar as condições da classe média na competição. "Há mais pilotos do que motos. Se baixar as despesas garanto um salário mínimo que deve rondar os 300 mil euros. Uma equipa que não consiga assegurá-lo não pode competir", referiu Carmelo Ezpeleta, responsável da Dorna, à "Marca".



Valentino Rossi é o único piloto de moto presente na mais recente lista da revista Forbes dos dez mais bem pagos atletas do esporte a motor. O sete vezes campeão da MotoGP sofreu um corte de pagamento para poder voltar a Yamaha em 2013, mas ainda assim ele ganhou US $ 22 milhões, colocando-se à frente do tricampeão mundial de F1 Sebastian Vettel.

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