Projetada para ser “o mais Ducati possível” e atrair um consumidor mais jovem, a nova gama de motocicletas manteve algumas linhas de sua antecessora, como o formato de gota do tanque de combustível e suas tampas laterais feitas em aço escovado com o logo do modelo. Por ser uma motocicleta “pós-moderna”, a Ducati Scrambler carrega tecnologias atuais com toques clássicos. O farol dianteiro redondo, por exemplo, conta com luzes de LED e iluminação diurna em volta do aro. Enquanto a tampa do tanque de combustível ostenta os dizeres “born in 1962”, ou nascido em 1962. Na traseira, a lanterna é equipada com LED e o painel – que fica posicionado acima e levemente à direita do farol – é totalmente digital e tem tela de LCD. De acordo com a companhia, a família Scrambler não é retrô, mas sim uma representação do que o modelo seria se a marca nunca tivesse parado de fabricá-la.
Características da família
Apesar de serem quatro versões numa só, todas – Icon, Classic, Urban Enduro e Full Throttle – compartilham do mesmo chassi e motor. O quadro é construído em treliça de aço duplo tubular, que abraça o propulsor e se estende além do banco. De modo a facilitar o apoio dos pés no chão, a altura do assento em relação ao solo é de apenas 790 mm. Compactas, seu peso total a seco é de 170 kg e seu tanque de combustível tem capacidade para 13,5 litros de gasolina.
O conjunto de suspensão utilizado pela Ducati Scrambler é da marca Kayaba. Na dianteira, garfo telescópico invertido com tubos de 41 mm. Na traseira, monoamortecedor e balança oscilante em alumínio. Ambos contam com curso de 150 mm e ajuste na pré-carga da mola, tudo para garantir conforto em todo tipo de terreno. Para fazer jus ao nome “Scrambler”, a família traz pneus Pirelli MT60 do tipo enduro, sendo RS 110/80 aro 18 na dianteira e 180/55 aro 17 na traseira. Além disso, traz disco simples dianteiro de 330 mm de diâmetro, mordido por pinça Brembo de quatro pistões, e disco único de 245 mm de diâmetro na traseira, acionado por pinça Brembo de um pistão. Ambos são auxiliados pelo sistema ABS de série.
O coração dessa linha é o Desmodue, um propulsor de dois cilindros em “L” de 803 cm³, com comando de válvula Desmodrômico e arrefecimento a ar e óleo, derivado da Monster 796. Porém, com comandos de válvula e virabrequim redesenhados para oferecer potência mais linear. Segundo a marca, o motor foi projetado para oferecer uma aceleração suave e precisa durante todas as faixas de potência. Sendo assim, consegue produzir 75 cavalos de potência as 8.250 rpm e torque máximo de 6,9 kgf.m aos 5.750 giros. Uma vez que a moto foi pensada para ser simples e acessível, a Ducati garante longos intervalos de manutenção, de 12.000 quilômetros.
Uma moto, quatro versões
Cada representante da família tem suas características próprias. A versão Icon é o modelo standard. Ou seja, as outras foram baseadas nela. Disponível nas cores vermelha e amarela (com o banco preto), traz guidão mais largo, que garante uma posição de pilotagem mais relaxada. Apresenta, ainda, protetores de corrente em alumínio usinado. Os pneus Pirelli do tipo enduro calçam rodas de liga leve de 10 raios, aro 18 na dianteira e 17 na traseira. Esse foi o único modelo confirmado pela Ducati do Brasil para o país, mas o preço e data de chegada ainda não foram divulgados.
Já a Urban Enduro foi feita especialmente para os entusiastas do off-road, que procuram uma motocicleta que possam utilizar na cidade e também em trajetos sem asfalto. Encontrada na cor “verde selvagem”, ela é equipada com guidão mais alto e para-lamas dianteiro elevado, como numa moto off-road. Além disso, traz grade protetora de farol, protetores de bengala da suspensão, protetor de cárter e rodas raiadas em alumínio. Tudo para garantir maior conforto e segurança em terrenos acidentados. A Urban Enduro tem ainda assento na cor marrom com costuras horizontais e um exclusivo logotipo na lateral do tanque.
Para os amantes de “flat-tracks , famosas corridas em circuitos ovais de terra, a Ducati oferece a Full Throttle. Com ar mais esportivo, ela vem na cor “deep black”, ou preto intenso, com detalhes em amarelo no tanque e no assento, também preto. As diferenças começam pelo guidão no estilo “fat bar” e passam pelo para-lama dianteiro esportivo, rodas de liga leve e escapamento da marca Termignoni com dupla ponteira.
Para os mais clássicos que procuram uma motocicleta com aparência vintage, a Ducati projetou a Scrambler Classic. Mais próxima da Icon, a versão clássica, disponibilizada na cor laranja, traz rodas raiadas de alumínio, para-lamas dianteiro e traseiro em aço escovado e assento em couro marrom com costuras em formato de losangos na parte superior.
A Ducati já divulgou o preço e data de chegada da primeira máquina da família ao mercado europeu. A Icon chega às concessionárias do antigo continente no final de janeiro de 2015 por 8.240 euros, algo em torno de R$ 26.000.
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