Ninja H2 x Hayabusa - Afinal qual é a mais rápida do mundo?

É difícil comparar motos com características tão diferentes e ao mesmo tempo com potências muito parecidas.

Antes do lançamento da Ninja H2 a Hayabusa se manteve desde o seu lançamento em 1999 no posto mais alto, como a moto de produção mais rápida do mundo. (lá se foram 16 anos)...

Sim isso já faz parte da história pois o projeto da Kawasaki teve como objetivo tirar o trono da Hayabusa, algo que a ZX14 não havia conseguido fazer.

A nova Ninja H2 atingiu (em testes) 332km/h e a versão de pista H2R passou dos 350 km/h, contra os 324km/h da Hayabusa (km/h real).

Mas seria justo comparar motos de categorias tão diferentes? No caso da Ninja H2 H2R elas são motos projetadas com conceito totalmente esportivo, enquanto a Hayabusa se enquadra na categoria Hyper Sport / Gran Touring Sport. Ok, a questão aqui é saber, afinal qual é a mais rápida moto em produção hoje? 

...Resposta: É a Ninja H2!

Porém a alimentação da Ninja H2 / H2R é feita por um sistema Supercharger (turbo) o qual engole gasolina como se estivesse seca num dia quente no deserto, ela bebe e bebe muito. O seu tanque de 17 litros fica seco com uma hora de pilotagem. 

Em velocidade de autoestrada a Hayabusa consegue atingir uma autonomia de 30% a 40% maior que a H2 por litro, cobrindo assim muito mais terreno que a sua nova rival. Se observado o número de abastecimentos necessários para Hayabusa cobrir uma distância de São Paulo ao Rio de Janeiro, sem duvidas a Hayabusa irá chegar no destino muito na frente da Ninja, obviamente por necessitar menos paradas de abastecimento.

Com este projeto a Kawasaki retomou os estudos que tinha engavetado fazia mais de 20 anos, quando tinha abandonado motores Superchargers (Turbos). Podemos estar vivendo o ressurgimento de uma nova era Turbo nas motos. Será que a Suzuki vai entrar nesta corrida supercharger também?

Em leitura de alguns fórum especializados foi dito que a Hayabusa ganha no quesito conforto, devido a sua carenagem que envolve o piloto com mais eficiência do que a presente na Ninja H2. No entanto a eletrônica embarcada na H2 (que equivale as utilizadas no MotoGP), transmite total confiança ao piloto. Diferente da Hayabusa que entrega muita potência sob pouco ou quase nenhum controle por parte da "eletrônica". Mas como o consumo de combustível é bastante previsível, isso torna a Hayabusa mais tranquila de se pilotar.

Os freios ABS da Hayabusa acionam muito cedo, dando pequenos trancos, alguns pilotos que testaram, estão comentando que este sistema foi um retrocesso tecnológico para Hayabusa, pois antes (sem ABS) era melhor. De nada adianta ter um enorme sistema Brembo quando o ABS é demasiadamente intrusivo e com mais de uma década sem quaisquer alterações. Parece que a Suzuki não encontrou o equilíbrio na utilização do sistema ABS na Hayabusa. 

A aceleração da Ninja H2 foi comparada com as 500cc dois tempos que tinham um pequeno atraso na entrega de potência seguido por uma brusca explosão de potência. Alguns gostam desta sensação, pois exige mais do piloto para controlar a máquina em retomadas e saídas de curvas, mas sem dúvida não é brinquedo para iniciantes. Sim você manter o auxilio eletrônico ligado, mas se pensar em tentar domar a H2 desligando os controles vai perceber que é tarefa muito difícil pilota-la. Até pilotos mais experientes perceberam o quão difícil é manter a moto na trajetória sem auxilio dos controles.

Em uso na cidade a Ninja H2 deixou a desejar no quesito conforto, pois exige bastante do acelerador para manter o  "supercharger" alimentado, o que cansa bastante o pulso. Mas isso não tem parecido incomodar os novos proprietários, que parecem não ligar para isso. 

Poderíamos definir que a Hayabusa atende melhor a pilotos mais experientes, e a H2 para pilotos que buscam atingir os limites contando com auxílio da eletrônica embarcada.

Abraços, Rafael | Shop Express.
(fonte: Revista MCN)

A evolução da Ninja