Em 2014 a comemoração dos fãs da Puma é dupla: como se não bastasse o aniversário de 50 anos da companhia, também foi anunciada a sua volta — que, como não poderia deixar de ser, começa nas pistas, com um carro de competição totalmente novo.
Acontece que, na verdade, a Puma como fabricante de carros de rua nunca deixou de existir: ela só mudou de endereço. Mais exatamente para o outro lado do Oceano Atlântico, na África do Sul. Desde 1986 a empresa usa ferramental adquirido no Brasil para fabricar, de forma quase artesanal, um carro praticamente idêntico ao Puma que conhecemos tão bem por aqui. E agora, em 2014, a fábrica sul-africana da Puma está à venda. Mas como a Puma foi parar na África do Sul, afinal?
Tudo começou em 1973, quando a Puma licenciou a companhia sul-africana Bromer Motor Assemblies para a fabricação do esportivo de fibra de vidro. Pouco mais de 350 carros foram fabricados em dois anos — período marcado por problemas financeiros, administrativos e de controle de qualidade.
A história a partir daí é um tanto nebulosa — o que se sabe é que a demanda pelo Puma na África do Sul era alta o bastante para que um empresário fã do modelo chamado Jack Wijker se interessasse em vendê-los por lá. De início os carros eram exportados do Brasil para o país africano, mas não demorou para que os custos e a burocracia do processo levassem Wijker à decisão de produzir o carro localmente, iniciando em 1986. Cerca de 25 carros foram fabricados até 1991.
Depois de uma pausa, a Puma Cars da África do Sul voltou à ativa em 1999 oferecendo carros completos sob encomenda, serviços de manutenção e restauração, além de um interessante trabalho de conversão do Fusca para Puma.
Com motorizações que vão de 1,6 a 2,1 litros, os Puma sul-africanos têm um visual baseado no GTE da década de 1970, porém incorporaram uma janela de vidro no lugar das entradas de ar na coluna traseira e, nos modelos mais recentes, detalhes em preto em vez de cromados. O interior é praticamente idêntico ao de um Puma brasileiro, porém com o volante do lado direito e teto cerca de 5 cm mais alto. Os preços partem de 148 mil rands, ou R$ 32 mil.
A fábrica fica na cidade de Babalegi, no noroeste do país, a cerca de 40 km de Pretória, capital administrativa da África do sul, e está sendo oferecida com todos os moldes, ferramental e dez carros em diferentes estágios de produção. Wijker diz que o preço é negociável, mas foi avaliado em 2 milhões de randes, o que dá cerca de R$ 445 mil. É muito dinheiro para a maioria das pessoas, mas é uma pechincha se considerarmos que o que está em oferta é uma fabricante de automóveis completa e pronta para operar.
O que nos deixou encasquetados é o fato de a venda ter sido anunciada em agosto — semanas antes de a Puma anunciar sua volta às pistas. Será que há alguma relação entre os dois acontecimentos? O que você acha?
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